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Natalia O. Leiner, Wesley R. Silva, Seasonal Variation in the Diet of the Brazilian Slender Opossum (Marmosops paulensis) in a Montane Atlantic Forest Area, Southeastern Brazil, Journal of Mammalogy, Volume 88, Issue 1, 28 February 2007, Pages 158–164, https://doi.org/10.1644/06-MAMM-A-088R2.1
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Abstract
The diet of the Brazilian slender opossum (Marmosops paulensis) was determined through analysis of fecal samples collected in an area of montane Atlantic forest in southeastern Brazil. M. paulensis consumed insects, arachnids, gastropods, fruits, flower parts, and small vertebrates. The observed preference for Piper fruits could be related to the spatiotemporal predictability of this item, whereas the observed preference for the Coleoptera, the Blattodea, and the Opiliones could be due to overestimation of hard-bodied prey. Diet composition varied seasonally, with invertebrates and flower parts being consumed more during the dry season, probably because of their higher relative abundance when compared to fruits in this season. Diet was more diverse during the dry season, because of the inclusion of new fruit species and the reduced contribution of Piper fruits in the diet. We suggest that M. paulensis is more frugivorous than previously thought and that this species can be an important seed disperser of pioneer plants, especially of Piper species.
Resumo
A dieta do marsupial Marmosops paulensis foi determinada através da análise de amostras fecais coletadas em uma área de floresta Atlântica montana, no sudeste do Brasil. Insetos, aracnídeos, gastrópodes, frutos, flores e pequenos vertebrados foram consumidos por individuos de M. paulensis. Piperáceas, Blattodea, Coleoptera e Opiliones foram consumidos em maior freqüência do que esperado, de acordo com a disponibilidade dos mesmos, sugerindo preferência por esses itens. A preferência por piperáceas pode ser devida à previsibilidade espacial e temporal desses frutos. Entre artrópodes, a preferência pelas ordens mencionadas acima parece ser um artefato da maior facilidade em encontrar itens de corpo duro nasamostras. Houve variaçäo sazonal da dieta, de forma que invertebrados e flores foram mais freqÜentes na dieta durante a estação seca, provavelmente devido a maior abundância relativa desses itens nesse período. A diversidade da dieta de M. paulensis também foi maior na estação seca do que na ùmida, devido à inclusão de novas espécies de frutos e à menor proporção de Piper na dieta nesse período. O presente estudo indica que M. paulensis é mais frugívoro do que alegam estudos anteriores e que pode agir como um dispersor eficiente de espécies pioneiras, principalmente de piperáceas.
